Contos de emergência médica I

Gilvanete é uma auxiliar de enfermagem, em uma clínica particular, a qual está situada em um pequeno bairro no interior do Rio de Janeiro. Embora o lugar seja pequeno, os CAUSOS, que acontecem por lá, são curiosos...
Certa noite, o plantão parecia tranquilo e sem maiores emoções, até a chegada de um paciente desesperado, acompanhado de sua esposa. Ele encontrava-se com as calças ensanguentadas e foi conduzido imediatamente para a sala de emergência, onde iria passar pela triagem, a fim de se descobrir a causa de tamanha hemorragia. Enquanto isso, sua esposa o aguardava aflita na recepção.
O médico de plantão acredita se tratar de uma hemorroida supurada e se prepara para examinar o paciente. Ao começar a ler o prontuário e ao questionário preenchido por Gilvanete, surpreende-se. Um pouco apreensivo, chama a sua equipe de plantão, explica a situação, a qual é mais delicada do que imaginara e se reorganiza para iniciar o procedimento. 
A equipe se encaminha para o centro cirúrgico, enquanto o paciente passa pelo raio-x, pois não pode haver erro. 
O paciente já se encontra em posição constrangedora para o início do procedimento. Cautelosamente e de olho no raio-x, o médico apalpa o reto do pobre indivíduo, até que sente algo...
Ao descobrir a real localização do problema, pede para que passem a pinça, pede para que mantenham iluminação e vai avançando até que consegue segurar com firmeza e conduzir para fora do canal anal a tampa de desodorante, a qual adentrou pela região após várias tentativas frustradas de remoção no banheiro da residência. E, finalmente, a hemorragia é controlada com a sutura do local. 
Ainda na mesa da cirurgia e meio tonto, o paciente envergonhado roga para que não relatem o real fato à sua esposa...sobra para a nossa auxiliar de enfermagem Gilvanete.
Ela se encaminha embaraçada até a esposa do senhor suga tudo e informa que ele já foi operado e que o procedimento foi um sucesso, uma noite em observação e logo receberá alta. A esposa sorri aliviada e aguarda para ver o maridão.
Gilvanete se retira com a certeza do dever cumprido e se dirige para o quarto de repouso, torcendo para que nenhuma saia justa apareça mais em seu plantão.

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